Costuma dizer-se que não há amor como o de Pedro e Inês de Castro. A história, uma das mais trágicas da História de Portugal, inspirou gerações e gerações de artistas, como Luís de Camões ou Bocage.

Quando D. Afonso IV morreu, D. Pedro I tomou em mãos a tarefa de vingar Inês de Castro. Mandou perseguir e matar os assassinos de sua a amada e não descansou enquanto não colocou a nobre galega no lugar que era seu de direito — no trono de Portugal. Literalmente.

Diz a história que, pouco tempo após ter sido coroado rei, em 1357, D. Pedro convocou toda a nobreza portuguesa ao Mosteiro de Santa Clara, em Coimbra, onde Inês tinha sido sepultada. Depois, mandou desenterrar a amada e colocá-la num trono, vestida com roupas ricamente decoradas e com uma coroa de ouro na cabeça. Como se de uma verdadeira cerimónia de coração se tratasse, obrigou todos os fidalgos a beijarem a mão direita de Inês, coberta por uma luva, em sua homenagem.

No final cerimónia, os restos mortais de Inês de Castro foram transladados para o Mosteiro de Alcobaça, onde, mais de 600 anos depois, ainda jazem junto aos de Pedro.

Lendas Históricas / Sentido do Tato